Vi-vos à luz.
Trocámos sons e calor,
Que Amor!
Quando os beijo, abraço,
Converso,
Deslaço, envaideço!
Ao acordar, é simples e doce,
O chilrear!
Histórias de encantar!
Nas caminhadas, longas,
atarefadas...
Sinto os aromas
Das madrugadas!
Pelas veredas humildes e pequenas,
Nas bermas,
Miro bordadas violetas,
Borboletas e alfazemas!
E depois daquela chuva,
Carregada,
O odor solto,
Da terra molhada!
À noite, de arrasto, pela hipnose da lua,
Desligo da lida,
Deslizo branda, adormecida,
Pela rua!
Na entrega escrita,
Canto versos,
Saboreio sonhos,
Controversos!
Envolta de teorias,
Coberta de filosofias,
Em tempos de estudo e labuta,
Fio o êxtase da luta!
E o corpo, ao sol,
Estalava e adormecia,
Nem era noite, nem dia!
Quando menina,
às escondidas,
Ateava as duas candeias,
Proibidas!
Voámos,
Espigámos no mato conjunto,
Irmãos e amigos.
Demos saltos verdadeiros,
Qualitativos!
E quando me cruzo com ele,
Na improbabilidade,
E sinto aquela felicidade?
Maria Clara C’Ovo
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