quarta-feira, 15 de julho de 2015

ALFAIATE

Gostava daquela macieza,
das cores, texturas, tons e odores,
Dos sons, jeitos, trejeitos, da beleza.
Dos sabores, névoas e das flores.

Envolta em tecidos, sedas, chitas,
No seu novo mundo de afazeres,
Por entre lagartas e mariposas,
Criava, tingia outros prazeres.

Curtida por horas de pouco sono,
Com as mãos coradas pelo cansaço,
Sentia da terra o abandono.

Mas na nostalgia gerara vida,
Cerzia belos panos à medida,
Desvelara a terra prometida.


Maria Clara C’Ovo.

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