domingo, 27 de setembro de 2015

BOLETIM

Leva-me vento,
em redemoinhos,
nas asas dos moinhos.

São correntes de ar,
portas a abrir, portas a fechar
(constipações).

O rapaz da meteorologia
diz que não,
mostra-me as previsões,
que a bonança vem amainar o trovão,
mas o sorriso de suas predições
não acalma meu alvoroço.

Voam planos, voam folhas
no Outono,
voa o moço no torvelim.

Porque me fizeram assim,
um ciclone
que varre caminhos,
esta voragem de carinhos
sem cicerone?

Para onde vou,
vou sem tempo,
leva-me esse movimento.

© Maria Clara C’Ovo, 2015.

 












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