terça-feira, 13 de outubro de 2015

BATALHA

Porque habita entre nós esse vazio
e me repeles dessa maneira?
Impedes minha voz de ocupar teu espaço,
de me embalarem histórias em teu regaço.

Mas ao caminhar apartado
nessa oca dissimetria
aquece disjuntivo
meu ver cego desconsolado.

Entre cruzados: trocas de dardos.
Insinuamo-nos sem contradições
em nada!
Sobrevivemos às lanças, felizardos.

Vale-nos essa perpétua pena
de nas nucleares cisões,
em explosões,
seres o meu eterno poema.

Imagem in: All Things, WSJ, January 5, 2012.

© Maria Clara C’Ovo, 2015.

Imagem in: All Things, WSJ, January 5, 2012.

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